Alguns sintomas (p. ex. significativa perda de peso não intencional, vômitos recorrentes e ou com sangue, dificuldade para engolir, anemia ou fezes escuras) podem ser sinais de um transtorno mais grave; assim, deve-se excluir a possibilidade de malignidade na presença de qualquer desses sintomas de alarme e quando houver suspeita ou presença de úlcera gástrica, já que o tratamento com pantoprazol pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico. Caso os sintomas persistam apesar de tratamento adequado, devem-se considerar investigações adicionais.
Em casos de insuficiência hepática grave, o tratamento com Tecta deve ser feito somente com acompanhamento regular de seu médico.
Clostridium difficile:
O tratamento com IBP pode estar associado a um risco aumentado de infecção por Clostridium difficile.
Como todos os inibidores de bomba de próton, o pantoprazol pode aumentar a contagem de bactérias normalmente presentes no trato gastrointestinal superior. Por esse motivo, o tratamento com Tecta pode levar a um leve aumento do risco de infecções gastrointestinais causadas por bactérias como Salmonella, Campylobacter e C. difficile. Ocorrendo alteração das características dos seus sintomas, o médico deve ser informado.
Fratura óssea:
O tratamento com inibidores da bomba de próton (IBP) pode estar associado a um aumento do risco de osteoporose 13; relacionadas a fraturas no quadril, pulso ou coluna. O risco de fratura foi maior em pacientes que receberam altas doses; múltiplas doses diárias, e no tratamento a longo prazo com IBP (um ano ou mais.)
Hipomagnesemia (um valor baixo do magnésio no sangue):
A hipomagnesemia tem sido raramente relatada em pacientes tratados com IBP por pelo menos três meses (na maioria dos casos, após um ano de terapia). Consequências graves da hipomagnesemia incluem tétano, arritmia (falta de regularidade nos batimentos do coração) e convulsão.
Gravidez e amamentação:
A experiência clínica em gestantes é muito limitada, assim, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou durante a amamentação sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. A excreção de pantoprazol no leite materno tem sido observada. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Tecta só deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação quando o benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto ou à criança.
Pacientes pediátricos:
A segurança e eficácia do uso de Tecta não foram estabelecidas em menores de 18 anos, portanto, o seu uso não está indicado para pessoas menores de 18 anos.
Pacientes idosos:
Não se recomenda nenhuma adaptação posológica para pacientes idosos. Tecta pode ser utilizado por pessoas com mais de 65 anos.
Dirigir e operar máquinas:
Não é esperado que Tecta afete negativamente a habilidade de dirigir ou usar máquinas. Reações adversas como tontura e distúrbios visuais podem ocorrer. Se afetado, o paciente não deve dirigir nem operar máquinas.
Pacientes com insuficiência hepática (alteração na função do fígado):
A dose diária de 20 mg de pantoprazol não deve ser excedida em pacientes com insuficiência hepática grave, portanto, o uso de pantoprazol 40 mg não é recomendado nesse grupo de pacientes. Pacientes com insuficiência hepática grave podem ser tratados com a dose diária de 20mg de pantoprazol sódico.
Pacientes com insuficiência renal (alteração na função dos rins):
Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Nos casos de insuficiência renal grave o paciente deve ser cuidadosamente monitorado.
Malignidade gástrica:
A resposta sintomática ao pantoprazol não exclui a presença de malignidade gástrica.
Influência na absorção de vitamina B12:
O tratamento diário com qualquer medicamento supressor ácido, por períodos prolongados (vários anos) pode levar à má absorção da vitamina B12. A deficiência dessa vitamina deve ser considerada em pacientes com a Síndrome de Zollinger- Ellison e outras patologias hipersecretórias que necessitam de tratamento a longo prazo, em pacientes com reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para a absorção reduzida de vitamina B12 (como os idosos), em tratamento de longo prazo ou se sintomas clínicos relevantes são observados.
Interações medicamentosas:
Assim como os demais integrantes de sua classe, Tecta pode alterar a absorção de medicamentos que necessitam da acidez gástrica preservada para a sua absorção adequada, como cetoconazol e itraconazol.
Isso se aplica também a medicamentos ingeridos pouco tempo antes de Tecta.
Não há interação medicamentosa clinicamente importante com as seguintes substâncias testadas:
Carbamazepina, cafeína, diazepam, diclofenaco, digoxina, etanol, glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipino, fenitoína, teofilina, piroxicam e contraceptivos orais contendo levonorgestrel e etinilestradiol. Uma interação de pantoprazol com outros medicamentos ou compostos, os quais são metabolizados pelo mesmo sistema de enzima, não pode ser excluída.
Não houve interações com administração concomitante de antiácidos.
Na administração de Tecta simultaneamente com os antibióticosclaritromicina,metronidazol e amoxicilina não se constatou nenhuma interação clinicamente significativa.
De maneira geral, o tratamento diário com quaisquer medicamentos bloqueadores de ácidos por um longo tempo (p. ex., mais que três anos) pode levar a má absorção da vitamina B12 (cianocobalamina).
O uso de Tecta juntamente com metotrexato (principalmente em doses altas), pode elevar o efeito do metotrexato e / ou seus metabólitos, levando possivelmente à toxicidade do metotrexato.
Inibidores da Protease do HIV:
A coadministração de pantoprazol não é recomendada com inibidores da protease do HIV para os quais a absorção depende da acidez estomacal, tais como o atazanavir, nelfinavir; devido a uma redução significativa na sua biodisponibilidade.
Clopidogrel:
A administração concomitante do pantoprazol e clopidogrel em indivíduos saudáveis não teve efeito clinicamente importante na exposição ao metabólito ativo do clopidogrel ou inibição plaquetária induzida pelo clopidogrel. Não é necessário qualquer ajuste da dose de clopidogrel quando administrado com uma dose aprovada de pantoprazol.
Drogas que inibem ou induzem a enzima CYP2C19 (tacrolimo, fluvoxamina):
A administração concomitante de pantoprazol e tacrolimo pode aumentar os níveis totais de tacrolimo no sangue, especialmente em pacientes transplantados que são metabolizadores intermediários ou pobres da CYP2C19. Os inibidores da CYP2C19, tais como a fluvoxamina, provavelmente aumentam a exposição sistêmica (concentração na circulação sanguínea) do pantoprazol.
Anticoagulantes cumarinicos (femprocumona ou varfarina):
A coadministração de pantoprazol com varfarina ou femprocumona não afeta a farmacocinética da varfarina, femprocumona ou o INR (tempo de protrombina do paciente/média normal do tempo de protrombina). Entretanto, foram reportados aumentos de INR e no tempo de protrombina em pacientes recebendo IBPs e varfarina ou femprocumona concomitantemente. Um aumento de INR e no tempo de protrombina pode levar a um sangramento anormal, e até mesmo à morte. Pacientes tratados com pantoprazol e varfarina ou femprocumona podem precisar ser monitorados para aumento do INR e tempo de protrombina após o início, término ou durante o uso irregular de pantoprazol.
Ingestão com alimentos:
O consumo de alimentos não interfere na ação de Tecta no organismo.
Interferência em exames de laboratório:
Em alguns poucos casos isolados, detectaram-se alterações no tempo de coagulação com o uso do produto. Desta forma, em pacientes tratados com anticoagulantes cumarínicos (varfarina, femprocumona), recomenda-se monitoração do tempo de coagulação após o início, o final ou durante o tratamento com pantoprazol. Níveis de cromogranina A aumentados podem interferir com as investigações de tumores neuroendócrinos.
Para evitar essa interferência, o tratamento com inibidores das bombas de prótons deve ser interrompido 14 dias antes do doseamento de CgA.