O levonorgestrel não deve ser utilizado como método anticoncepcional de rotina.
O levonorgestrel tem taxas elevadas de hormônio, e seu uso repetido ainda não tem sua segurança estabelecida. Para uso rotineiro há outros métodos anticoncepcionais mais eficazes.
O levonorgestrel não protege para risco de gravidez por relações sexuais sem proteção anticoncepcional que tenham ocorrido antes do período para o qual foi indicado e nem protege para relações sexuais desprotegidas que ocorram após seu uso.
Após o uso do levonorgestrel deve-se usar outros métodos anticoncepcionais (por exemplo, o preservativo) até a próxima menstruação. Peça orientação ao seu médico.
O levonorgestrel não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
O levonorgestrel deve ser usado com muita cautela e somente após rigorosa avaliação médica do riscobenefício em pacientes com antecedente ou história atual de doenças do fígado e da vesícula biliar; pacientes com antecedente de câncer de mama, útero ou ovário; trombose prévia (obstrução no interior de vasos sanguíneos), doença cardíaca, derrame, alterações das células do sangue, aumento da pressão interna do crânio, gravidez fora do útero, icterícia (pele amarelada) decorrente do uso de anticoncepcionais hormonais (pílulas anticoncepcionais) ou durante a gestação.
Outras condições que também requerem observação cautelosa são:
Asma, pressão arterial alta, enxaqueca, epilepsia, doenças renais, diabetes mellitus, hiperlipidemias (hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia) e história de estados depressivos graves.
A eficácia de levonorgestrel pode ficar reduzida nas seguintes situações:
- Se ocorrer vômitos dentro de 3-4 horas da ingestão do medicamento;
- Nos casos de síndromes que cursam com má absorção intestinal (como Doença de Chron e retocolite ulcerativa);
- Com o uso concomitante com medicamentos que interagem com o levonorgestrel;
- Se utilizado de maneira não adequada (após 72 horas do intercurso sexual, antes de intercurso sexual desprotegido, após a ocorrência de concepção/gravidez.
O tratamento não deve ser tardio já que a eficácia pode declinar se o mesmo for iniciado após as primeiras 24 horas.
O levonorgestrel é recomendado somente para as situações de emergência listadas acima, não sendo indicado para o uso rotineiro como contraceptivo.
Interações medicamentosas
Medicamento-medicamento
Efeito da interação
Algumas drogas podem acelerar o metabolismo de contraceptivos orais quando tomados concomitantemente, sendo assim, estas tem capacidade de reduzir a eficácia dos contraceptivos orais.
Medicamentos:
Barbitúricos, fenitoína, fenilbutazona, rifampicina, griseofulvina, determinados antibióticos das classes de penicilâmicos, cefalosporinas e tetraciclinas (amoxicilina, ampicilina, oxacilina, penicilina G, penicilina G procaína, penicilina V, ticarcilina, ácido clavulâmico, cefaclor, cefadroxil, cefixime, ceftazidime, cefuroxime, tetraciclina, oxitetraciclina, cloxacilina, dicloxacilina, doxiciclina, eritromicina, limeciclina, tigeciclina ou minociclina), oxcarbazepina, carbamazepina, primidona, clobazam, antirretrovirais (delavirdina, efavirenz, nelfinavir, nevirapina, ritonavir), griseofulvina, goma guar, isotretinoína, micofenolato mofetil e aminoglutetimida.
Efeito da interação
Aumento da exposição aos contraceptivos orais.
Medicamentos:
Amiodarona, teriflunomida.
Efeito da interação
Aumento da exposição ao medicamento e sua toxicidade (não contraceptivo).
Medicamentos:
Ciclosporina, fentanil.
Efeito da interação
Aumento do risco tromboembólico (coagulação com obstrução de vasos sanguíneos).
Medicamento:
Ácido trenaxêmico.
Efeito da interação
Aumenta exposição ao medicamento (não contraceptivo).
Medicamento:
Betametasona, hidrocortisona, prednisona, prednisolona, clomipramina, lamotrigina, metoprolol.
Efeito da interação
Aumenta ou diminui a eficácia anticoagulante.
Medicamento:
Dicumarol, varfarina.