A betametasona, assim como outros corticosteroides, pode mascarar alguns sinais de infecção, e novas infecções podem surgir durante sua administração. Pode ocorrer diminuição na resistência ou dificuldade em localizar a infecção.
O efeito de betametasona ocorre de forma mais intensa nos pacientes com hipotireoidismo (diminuição dos hormônios da tireoide) ou cirrose (doença do fígado).
A betametasona pode causar distúrbios psiquiátricos ou agravar quadros anteriores de instabilidade emocional ou tendências psicóticas.
Avise o seu médico, caso você tenha as seguintes doenças:
- Colite ulcerativa inespecífica (inflamação do intestino com ulceração);
- Abscesso ou outra infecção com pus;
- Diverticulite (pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal);
- Cirurgia recente do intestino;
- Úlcera do estômago ou intestino;
- Doença nos rins;
- Pressão alta;
- Osteoporose (diminuição do cálcio nos ossos);
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Miastenia gravis (doença auto-imune na qual existe fraqueza muscular);
- Herpes simples ocular;
- Quadros anteriores de instabilidade emocional ou tendências psicóticas;
- Diabetes.
O uso prolongado de betametasona pode causar catarata subcapsular posterior (doença dos olhos), glaucoma com risco de lesão do nervo ótico e aumento do risco de infecções oculares por fungos ou vírus.
Periodicamente, devem-se realizar testes nos olhos, especialmente nos casos de tratamentos por mais de 6 semanas.
A betametasona pode causar elevação da pressão arterial, retenção de sal e água e aumento da excreção de potássio. Por isso seu médico poderá recomendar uma dieta com pouco sal e alta concentração de potássio durante o tratamento. Todos os corticosteroides aumentam a excreção de cálcio do organismo.
O tratamento com betametasona na tuberculose ativa deve estar reservado aos casos de tuberculose fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteroide é usado em associação com medicamentos específicos para o tratamento da tuberculose. Caso haja indicação de betametasona para pacientes com tuberculose que ainda não se manifestou ou com resultado positivo para tuberculina em teste realizado na pele, se faz necessária uma avaliação criteriosa diante do risco de reativação.
Durante tratamento prolongado com betametasona, seu médico deverá recomendar um tratamento preventivo contra tuberculose. Se a rifampicina for usada na prevenção ou no tratamento, poderá ser necessário ajuste na dose de betametasona. Seu médico irá lhe indicar a menor dose possível de betametasona para controlar a doença sob tratamento. Quando for possível diminuir a dose, seu médico fará uma redução gradativa das doses.
O tratamento com betametasona pode alterar a movimentação e o número de espermatozoides em alguns pacientes.
Pode ocorrer insuficiência da glândula supra-renal quando houver retirada rápida de betametasona.
Esta intercorrência pode ser evitada mediante redução gradativa da dose. A insuficiência suprarrenal pode continuar meses após o fim do tratamento; por essa razão, se durante este período ocorrer uma situação de sobrecarga ou estresse (cirurgia, infecção grave, parto, traumatismo) seu médico deverá restabelecer o tratamento com corticosteroide. Se você já estiver sob tratamento com corticosteroide, seu médico poderá indicar um aumento de dose.
Caso você tenha herpes simples ocular (um tipo de doença dos olhos provocada por vírus), avise seu médico, pois há risco de perfuração da córnea.
Você não deverá ser vacinado contra varíola durante o tratamento com betametasona, nem receber outras vacinas. Entretanto, se você estiver tomando betametasona como forma de terapia substitutiva de corticoide (como por exemplo na doença de Addison, na qual as glândulas supra-renais deixam de produzir os corticosteroides), as vacinações poderão ser realizadas. Evite o contato com pessoas portadoras de varicela (catapora) ou sarampo se estiver tomando betametasona em doses altas ou por períodos mais longos. Se o contato ocorrer, procure atendimento médico, principalmente se for criança.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.